Águas Belas surge a partir da expansão do gado no interior do Nordeste, em fins do século 17 e inícios do século 18. Esse período é conhecido como “ciclo do gado”. Aproximadamente no ano de 1700 João Rodrigues Cardoso e sua família chega à esta região para criação bovina.
As terras já eram ocupadas pelos nativos (indígenas), povos Carijós ou Fulni-ô, como descreve Olímpio Costa Junior (citado pelo professor Izaquiel Braz): “Não afirmamos, mas é de crer que seja os mesmos Caropotós, pois é admirável que esquecidos tenha permanecido ali em grande parte. Quanto à questão de mudarem de nome, não seriam os únicos. Não resta dúvida hoje, que os Carnijós ou Fulni-ô sãos os mesmo remanescentes dos Carapotós e dos Shocós”. Essas tribos ao se mudarem para o vale do São Francisco deixaram para traz alguns grupos ou famílias, que constituíram novos grupos, formando outra tribo com o que restou dos que foram embora. A esses os Tupis chamaram de Carijós. e se unificaram, já que estavam praticamente em extinção, e formaram o povo Fulni-Ô (que significa o “povo da margem do rio”, ou seja, o Rio Ipanema).
A emancipação política de Águas Belas vem em 13 de junho de 1871, ainda durante o Império, sendo designado seu primeiro prefeito o coronel Benigno Rodrigues Lins.
Os principais ciclos econômicos na história do município foram: o ciclo do gado, o do açúcar mascavo (cana de açúcar), o do algodão, o do feijão e o do gado leiteiro.


ATRATIVOS
1 – Aldeia Fulni-ô
– Com aproximadamente 5mil indígenas.
– Formada por cinco povos indígenas (Fola, Foklassa, Carnijó, Carijó e Bobradas;
– Os Fulni-ô são a única tribo do Nordeste a manter seu idioma nativo.
– Aldeia Xixiáklá, comunidade indígena formada a partir de uma dissidência da tribo Fulni-ô, composta por mais de 50 (cinquenta) famílias.
– Canto dos Guerreiros Indígenas Fulni-ô, Serra do Comunaty. Local sagrado para o povo indígena.
2 – Sítios Arqueológicos
– Morro do Angu, maior sítio arqueológico do município;
– Sítio Arqueológico das Marias Pretas;
– Pedra Montada; Pedra do Sino (tombado pelo IPHAN)
– Fazenda São Francisco;
– Sítio Serrotão;
– Cacimba Cercada dentre outros;
– Morro do Bode (sítio arqueológico tombado pelo IPHAN em 2012);
– Sítio Arqueológico da Ameixa – Povoado Campo Grande;
É um total de 12 (doze) sítios arqueológicos com pinturas rupestres, descoberto no século XVII;
3 – Comunidades Quilombolas
– Sítio Quilombo, no distrito de Curral Novo;
– Associação Comunitária Remanescente do Quilombo de Tanquinhos, no distrito de Tanquinhos.
Possuem atrativos de grande interesse cultural, como samba de pé, samba de roda, coco e as famosas rezas.
4 – Outros atrativos turísticos
– Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição: século XVIII – a mais antiga da Diocese de Garanhuns;
– Centenária Igreja Presbiteriana;
– Casa Grande da Fazenda Nova;
– Barragem do Rio Ipanema e da Serra do Comunaty;
– Serra do Comunaty;
– Parque das Emas, Povoado Garcia;
– Capela dedicada a Mãe Rainha na Serra do Comunaty;
– Capela de Santa Luzia na zona urbana da cidade;
– Capela de Santo Antônio Caminhante, Santo comemorado com trezena em latim há mais de 170 anos;
– Capela de São Manoel da Paciência;
– Casa de Oração Pe. Cicero, Capoeira do Garcia;
– Sítio Pinhão e a Pedra Montada, no distrito de Curral Novo;
– Os casarões, sobrados e solares encontrados na sede, e na Serra das Antas;
– Museu Vovô Frederico, na Alameda Deputado Pedro Eugênio (Memorial do Povo de Águas Belas);
– Vila de Pescadores, às margens do Rio Ipanema;
– Santuário de Nossa Senhora Aparecida;
– Monumento a Yassaklane – dedicado a Nossa Senhora da Conceição, padroeira da capela no Aldeamento Fulni-ô;
– Ritual indígena do Ouricuri, do Toré e da Cafurna.
– Cruzeiro da Passagem do Século 1900 (mil e novecentos) – erigido para comemorar o novo século (o monumento faz parte de rituais da Nação Fulni-ô);
– Algodoeira também conhecida como Vapor, importante fábrica de descaroçamento de algodão que funcionou até a década de 1960 (mil novecentos e sessenta);
– Festa de São Benedito, nos sítios Quilombo e Pinhão (comemorada pelos afrodescendentes);
– Festa das Águas.
– Feira livre, considerada a maior feira livre do interior de Pernambuco.
– Cerca de 120 nascentes de água doce na Serra do Comunaty;
– Cachoeira do Lamarão;
– Rio Ipanema, na divisa do município com Itaíba;
– Cantinho das Missangas, na cidade. Local utilizado para fabricação de terços de missangas.
FESTIVIDADES LOCAIS
EVENTO | LOCAL | MÊS |
Novenário de São Sebastião | Praça São Sebastião | Janeiro |
Festa de Yassaklane | Aldeia Fulni-ô | Fevereiro |
Carnaval | Praça Nossa Senhora da Conceição | Fevereiro |
Festa de São José | Campo Grande | |
Carta Magna | Rua Leão Coroado | Março |
Semana do índio | Aldeia Fulni-ô | Abril |
Trezena de Santo Antônio | Povoado Garcia | Junho |
Emancipação politica | Praça Nossa Senhora da Conceição | Junho |
São João | Todo município | Junho |
Festa do Padre Cicero | Monteiro do Garcia | Julho |
Festa da Agricultura Familiar | Avenida Coronel Alfredo Duarte | Agosto |
Festa das Águas | Praça Nossa Senhora da Conceição | Agosto |
Desfile Cívico | Praça Nossa Senhora da Conceição | Setembro |
Entrada do Ouricuri | Aldeia Indígena Fulni-ô | Setembro |
Novenário de Nossa Senhora da Conceição | Praça Nossa Senhora da Conceição | Dezembro |
Natal | Praça Nossa Senhora da Conceição | Dezembro |
Réveillon | Praça Nossa Senhora da Conceição | Dezembro |
Motocross | ||
Vaquejada | ||
Pega de Boi | ||
Trilha de Moto | ||
Bike Trilha |
FOTOS DA CIDADE